Não é só uma terça-feira.

Cá estou… numa tarde comum, na estação de trem, a caminho do consultório. A foto é simples, sem grandes detalhes. Mas, por trás dela, há um universo inteiro acontecendo.

O cenário mudou - não são mais os corredores familiares da universidade, mas os labirintos vivos da cidade de São Paulo e os espaços silenciosos do consultório na Livance. E comigo, levo uma mala.

Na clínica da universidade, era a caixa lúdica que me acompanhava - repleta de brinquedos, mas também de significados profundos. Objetos que, ao mesmo tempo, abriam portas para o imaginário e escancaravam verdades duras. Agora, é a mala lúdica quem cumpre esse papel. Nela, carrego não só jogos e histórias, mas chaves que me permitem acessar a galáxia única de cada criança que atendo.

Porque na psicologia infantil, tudo é possível. O setting terapêutico se transforma no que for preciso - um palco, uma floresta encantada, uma nave espacial ou um castelo de cartas. Os pequenos acreditam em mágica, possuem superpoderes e criam mundos inteiros em um instante. E o mais bonito? Essa capacidade de imaginar e brincar não os torna frágeis. Pelo contrário, é nessa liberdade que mora a força deles.

Por isso, não é só uma terça-feira. É mais um capítulo dessa jornada onde a psicologia se entrelaça com o lúdico, o real com o simbólico - e onde cada mala carregada vale mundos inteiros.

Você é adolescente, já pensou em fazer terapia e ficou se perguntando: Mas o que eu vou fazer lá? Ou é responsável e quer entender melhor como funciona esse processo nessa fase da vida? Então fica aqui, porque esse post é pra você!

A psicoterapia na adolescência tem suas particularidades. Não é igual ao atendimento infantil e nem ao de adultos.

🗓️ Por tratar de um menor de idade, é necessário ter a autorização de um responsável - e geralmente, é ele quem agenda as sessões.

Em alguns momentos, posso conversar com os responsáveis para atualizar sobre o progresso da terapia, tirar dúvidas deles ou até minhas, principalmente quando surgem questões sobre a infância ou situações anteriores que o adolescente talvez não conheça.

🔒 Mas fique tranquilo! Nessa conversa nada será compartilhado sem que o adolescente saiba antes. O sigilo está garantido - e isso é fundamental em qualquer processo terapêutico.

E o que rola nas sessões? Não tem um roteiro fixo! A ideia é criar um espaço seguro pra falar sobre o que quiser: desde questões pessoais até séries, filmes, músicas... e, em alguns casos, até jogar! Porque a terapia é um lugar de expressão e conexão - do seu jeito e no seu tempo.

🚨E lembre-se: a psicoterapia não é somente sobre problemas, mas também sobre autoconhecimento, fortalecimento emocional e desenvolvimento de recursos próprios.

Você já se sentiu culpado por dizer “não” ao seu filho? Isso é uma realidade comum entre muitos pais, mas, na verdade, o “não” tem um papel essencial no crescimento saudável da criança. Na psicanálise, entendemos que colocar limites vai além de impor regras - é ajudar a criança a lidar com frustrações, reconhecer que nem tudo está ao seu alcance e construir a própria identidade.

Quando os pais estabelecem limites, ajudam o filho a entender que há regras no mundo e que ele precisa respeitá-las. Isso não significa ser rígido ou autoritário, mas firme. Limites claros e carregados de sensibilidade oferecem segurança emocional e ajudam a criança a desenvolver autonomia, responsabilidade e respeito pelo outro.

Se os limites não estão presentes, a criança pode se sentir perdida, sem saber até onde pode ir, o que pode gerar ansiedade e angústia. O “não” mostra um caminho, dá previsibilidade e ensina que lidar com frustrações faz parte da vida.

Sabemos que dizer “não” nem sempre é fácil e que, a culpa pode aparecer. Mas, ao oferecer limites com sensibilidade e coerência, você está ajudando seu filho a crescer mais seguro, forte e preparado para enfrentar o mundo.

Isso também se relaciona com a forma como você, pai ou mãe, lida com as próprias frustrações. Educar exige paciência e repetição - não raro, será necessário explicar as regras várias vezes até que sejam realmente compreendidas. O verdadeiro desafio não é proteger a criança de todas as frustrações, mas ensiná-la a enfrentá-las e superá-las.

Muitos pais não sabem como funciona a psicoterapia com crianças. Afinal, elas não chegam, sentam e começam a falar abertamente sobre os seus sentimentos, não é verdade?

Vamos imaginar esse processo como uma jornada pelo universo infantil, onde cada pensamento, sentimento e comportamento é um planeta a ser explorado. Essa viagem ajudará a criança a entender melhor sobre si mesma e o mundo a sua volta.

👉🏻 COMO ACONTECE?

Em qualquer viagem, precisamos de recursos e ferramentas. Neste caso, os nossos suprimentos serão as histórias, os jogos, as brincadeiras e desenhos que, nos ajudarão a explorar essa galáxia interna, possibilitando que a criança acesse, expresse e elabore seus conteúdos psíquicos de uma maneira mais segura e reconfortante.

👉🏻 O PAPEL DOS PAIS

Os pais, ou responsáveis, são como estrelas-guia nessa jornada. Em alguns momentos, participam do processo para fortalecer os laços e ajudar o filho a navegar por esses caminhos mais facilmente. No processo de psicoterapia, cada descoberta é um planeta visitado, iluminando os lugares que precisam ser melhor compreendidos.

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O que dizer de mulheres tão fortes e inteligentes? Eu poderia escrever um texto enorme sobre todas as surpresas que vivenciamos hoje, mas a verdade é que o dia de hoje dispensa palavras. Inenarrável, emocionante e de arrepiar!

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Que dia incrível! 🚀💚

Iniciamos com uma mesa redonda impactante sobre drogas no ciclo gravídico-puerperal, seguida de uma discussão necessária sobre a assistência à população LGBTQI+ no processo reprodutivo.

Além disso, mergulhamos em temas como:
• Atenção multidisciplinar na endometriose e no ciclo gravídico-puerperal
• Sintonia intercerebral no binômio mãe-bebê 🧠💞

E não para por aí!

📚 O evento também trouxe lançamentos imperdíveis de livros para quem atua ou se interessa por psicologia hospitalar e obstétrica, além de pesquisas inovadoras que expandem nosso olhar sobre o cuidado perinatal.

Para encerrar com chave de ouro, fomos presenteados com a emocionante participação de @rosaavillaoficial 🎶💫

Gratidão ao @cinpoconferencia por essa experiência transformadora e a todos os profissionais incríveis que compartilharam conhecimento conosco! 💜

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Somos mais do que acreditamos ser. Somos feitos de lembranças e também do que escolhemos esquecer.

O inconsciente guarda marcas que, muitas vezes, influenciam nossos sentimentos, escolhas e relações. Na psicoterapia, damos voz a essas memórias ocultas para ressignificá-las e construir um caminho mais consciente. ✨

Você já parou para refletir sobre o que o seu inconsciente guarda?

Para eternizar essa conquista, um marco pessoal que celebra cada esforço, cada aprendizado e toda a dedicação. Um momento único que ficará para sempre na memória.

A todos que estiveram presentes neste momento tão especial, e também àqueles que, mesmo de longe, compartilharam sua energia e carinho: minha gratidão eterna por fazerem parte dessa conquista!

Ainda na atualidade, esse assunto provoca bastante estranheza. No entanto, é muito comum que as crianças adoeçam por não serem tão bem compreendidas. Em geral, é mais fácil para as pessoas enxergarem e reconhecerem a dor do adulto, e até do adolescente, do que o sofrimento da criança.

👉🏻 Por que o sofrimento das crianças não recebem a devida atenção?

Isso tende a acontecer, porque os adultos, por exemplo, produzem, ou seja, eles trabalham. Os adultos possuem diversos papéis para exercerem e uma série de responsabilidades para dar conta. Levando em consideração a nossa sociedade capitalista, eles não podem adoecer. Os adultos precisam funcionar, isso é, eles precisam produzir para que não sejam descartados. Enquanto isso a criança ainda não produz, então ela não é considerada importante.

Outra razão para que as crianças não recebam a atenção devida é: a fantasia de que criança não faz nada além de brincar, então não existe motivo e nem espaço para que ela sofra. Na realidade, as crianças também passam por processos psicológicos complexos. Assim como os adultos, elas tem curiosidades e dúvidas que lhe geram conflitos, tem sentimentos ruins ou que ainda desconhecem e passam por novas experiências que podem ser desafiadoras.

👉🏻 Como promover a saúde mental na infância?

Para um desenvolvimento emocional saudável é importante que o ambiente seja facilitador, ou seja, ele precisa atender as necessidades do sujeito. Isso significa que ele precisa ser perfeito? Não, significa que ele precisa legitimar e amparar as necessidades do sujeito permitindo que ele expresse sua autenticidade e possa existir no mundo, com os seus erros e acertos, sem que sinta ameaçado.

Deste modo, vale destacar que além de ser fundamental os pais passarem tempo de qualidade com os seus filhos, eles também devem enxergar e validar os pensamentos e sentimentos dos mesmos, seja através da linguagem seja por meio de gestos.

Não é sobre ser a mãe perfeita ou o pai perfeito, é sobre fazer aquilo que dá, aquilo que é possível!

👉🏻 Nem sempre os pais conseguem ou sabem como oferecer o suporte necessário para seus filhos. Neste caso, a psicoterapia infantil é bastante benéfica considerando que, no espaço terapêutico, a criança poderá ter a oportunidade de expressar em um ambiente seguro e acolhedor, pensamentos e sentimentos que não puderam ser externalizados anteriormente e de “digerir” situações que podem ter sido desafiadoras. Por meio da terapia, a criança pode encontrar novas ferramentas para lidar com as suas questões

👉🏻 Não é possível olhar para a criança sem olhar para o contexto em que esta inserida e isso inclui a família. A família faz parte da construção do sujeito, por isso deve participar ativamente do processo terapêutico. Sendo assim, por vezes, a psicoterapia infantil possibilita a transformação da dinâmica familiar e a promoção da saúde mental daquela família, pois nem sempre apenas a criança esta adoecida, geralmente a família também encontra-se adoecida.

Embora a psicologia seja uma área da ciência, ela é composta por várias ciências, como por exemplo, a análise do comportamento, a psicanálise, o humanismo, dentre outras. Cada uma delas tem uma metodologia própria e auxilia o psicólogo em seu raciocínio clínico.

Alguns demoram mais para escolher sua abordagem, outros menos. No meu caso, mesmo antes de iniciar a faculdade, sabia que seguiria a psicanálise. Minha história com ela começou quando iniciei meu próprio processo de análise. Posso afirmar com toda certeza que a psicanálise salvou a minha vida, me ajudando a encontrar respostas para dúvidas cotidianas e, principalmente, a nomear minhas inquietações.

A psicanálise propõe que o sofrimento humano só pode ser enfrentado por meio da fala e da escuta. O analista acolhe o sujeito, sem julgamentos, buscando entender a origem do sofrimento psíquico ajudando o paciente a se perceber e reconhecer suas próprias potencialidades.

Como disse Maria Rita Khel, em entrevista, referindo-se a uma pergunta de Freud: “Qual a sua responsabilidade pela desordem da qual você se queixa?”. Engana-se quem pensa que a análise é sobre sofrer e encontrar culpados. Na verdade, é sobre entender como nossa participação inconsciente, mas ativa, contribui para o cenário atual da nossa vida.

O processo de análise começa verdadeiramente quando deixamos de apontar o dedo para os outros e passamos a olhar para nossa responsabilidade, como co-participantes do que acontece ao nosso redor. A partir desse ponto, é possível compreender como podemos reparar e transformar nossas vidas, respeitando nossa singularidade, dentro do nosso tempo e com as ferramentas que temos.

Por isso, e por tantas outras razões, escolho a psicanálise todos os dias da minha breve existência.